11 de novembro de 2010

A Corja

"Vou deixar Lisboa/Estou farto da corja", são versos de uma cantiga da minha terra. Não sei a que corja o autor se refere, mas de facto, em Lisboa há uma corja que não se suporta. É aquela corja que se senta no parlamento. Tem-lhes custado, mas finalmente conseguiram levar Portugal ao buraco.

Taxa de desemprego enorme, uma dívida externa maior que o PIB, são apenas alguns dos exemplos do que se passa hoje em dia no nosso país. De quem é a culpa? Será do povo ou dos governantes? É verdade que os governantes são eleitos pelo povo por isso alguma da culpa lhe pertence, no entanto, quem perde batalhas são os generais, não os soldados. Não é o povo quem decide aumentar os impostos, não é o povo quem faz "negociatas" com empresas só porque os seus dirigentes pertencem à mesma cor política.

Portugal está consumido pela corrupção e pela política. Parece que não há vida para além disso. Aquele parlamento parece uma taberna, todos a mandarem piadas uns aos outros, a falarem como se só eles fossem conhecedores da verdade. Não há um pingo de humildade, não há um pingo de vergonha. Só os que pertencem a um partido é que sabem, os outros são todos burros. Este é o Portugal em que vivemos.

Não sabem o que fazer, não sabem levar o país para a frente. Agora venderam dívida aos chineses. Acho bem, vendam tudo, vendam os Açores e a Madeira, vendam tudo abaixo do Tejo, vendam-nos a nós se vos parece, porque desde que vocês políticos continuem a encher os bolsos nada de mau se passa. Daqui a pouco Portugal é um território ultramarino da China ou de outro país rico qualquer. Mas lá no parlamento riem e jogam nos computadores que todos nós pagamos. Quando falam, eles nunca são responsáveis por nada. "Foi a legislatura anterior" dizem uns, "Foi do tempo do fascismos", dizem outros. Epá cá pra mim deve de ter sido de D. João II que "só" dividiu o mundo ao meio com Espanha. Quanto a mim devia ter dividido em três, uma para Portugal, outra para Espanha e outra ainda para enviar a corja de políticos que haviam de surgir no nosso país.

"O fraco rei torna fraca a forte gente" disse Camões. Nós já não temos rei, mas tenho a impressão que estes políticos não são lá muito fortes.

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