22 de junho de 2010

Selecção Nacional 100% Portuguesa

Portugal vence em goleada histórica a Coreia do Norte, parabéns a selecção e boa sorte para o próximo jogo.

O que me despertou especial interesse foi a equipa inicial, os titulares... Nenhum daqueles "nacionalizados", e vencemos, ou não? Está bem que a selecção coreana é muito inferior a nossa, e não tem tanto prestigio, mas também o Brasil apenas a conseguiu vencer por um golo de diferença, e nós por sete.

Espero que o Sr.º Carlos Queiroz mantenha a o "onze" inicial, a matéria-prima portuguesa é a melhor, precisamos é de acreditar naquilo que é nosso, e não pensar que são os outros que vão fazer melhor, ontem foi demonstrado isso no terreno de jogo.

Força Selecção, Viva Portugal!

18 de junho de 2010

Saramago

Faleceu hoje, aos 87 anos, o escritor José Saramago, prémio Nobel de literatura. Embora polémico, considero-o um grande português, digno de ficar na história do nosso grande país. José Saramago, filiado no Partido Cumunista em 1969, conquistou o Prémio Nobel de Literatura em 1998. Poucas horas após a notícia do óbito surgiram reacções em sites noticiosos de todo o mundo, o que demonstra bem o grau da sua importância.

Os seus livros sempre foram alvo de polémica desde "O evangelho segundo Jesus Cristo" até ao mais recente, e último livro, "Caim". Em 1991, durante o governo de Cavaco Silva, foi vetado o seu nome como candidato ao Prémio Literário Europeu, desde então mudou-se para Espanha, como forma de protesto. Que raio de democracia é esta que não permite as pessoas de escreverem sobre o que quer que seja? Felizmente, o próprio mundo acabou por lhe dar o valor merecido quando venceu o Prémio Nobel. Este facto demonstra bem como não damos valor ao que temos. Há quem diga que a sua escrita é estranha e que não usa pontuação, eu digo que essas pessoas nunca se esforçaram por ler um dos seus livros. Saramago não eliminou a pontuação, apenas a reinventou.

Fica aqui feito este pequeno reparo sobre um grande escritor português. Adeus José Saramago e até sempre.

15 de junho de 2010

100 anos depois

Como é sabido, este ano comemoram-se os cem anos da República Portuguesa. Talvez seja hora de nos perguntarmos o que é que esta república nos trouxe. É simples, nada de novo nem nada de bom. Quando foi implantada a república, dizia-se em França que Portugal era um país pequeno mas tinha uma grande república. Cem anos depois verifica-se que nada disso é verdade, talvez na altura, mas agora não. Hoje, temos um país ainda mais pequeno, com uma república ainda mais pequena que o próprio país. Quando temos eleições com 40% de abstenção é porque as pessoas deixaram de acreditar na república. E como não? O quê é que a república nos trouxe? Em cem anos tivemos cinquenta de ditadura, vinte anos de instabilidade durante a 1ª República e trinta de democracia, no entanto, mesmo estes anos de democracia têm sido anos de uma democracia doentia, que aos poucos tem ido morrendo e que hoje não tem nada para dar.

É verdade que há cem anos vivíamos numa monarquia decadente, num país onde as pessoas viviam na miséria e ardiam em desejos de pertencer a Espanha. Qual é a nossa situação actual? Na minha opinião, nada diferente. Costuma-se dizer que "em casa onde não há pão, todos mandam e ninguém tem razão". Quanto a mim, a implantação da república foi isso mesmo, se fosse diferente, hoje estaríamos melhor.

Como é óbvio, a monarquia que nós tínhamos não era correcta, no entanto, tendo em conta todas as monarquias que ainda hoje existem, vemos que todas elas se souberam modernizar em termos políticos, todas elas subsistiram durante este século que passou, para já não falar que todas se encontram em muitos melhores condições que a dita República Portuguesa.

Por isso, eu defendo uma monarquia constitucional, como a que tem Espanha, a Inglaterra, ou os países nórdicos, que só por acaso são os países mais desenvolvidos do mundo. Poderão dizer que a monarquia tira o direito aos cidadãos de elegerem o líder do país. Num país onde as eleições apresentam uma percentagem de abstenção tão grande como no nosso caso, não vejo que esse seja o problema. Para além do mais, a monarquia portuguesa sempre foi uma monarquia de eleição, não é por acaso que a cerimónia se denominava aclamação e não coroação como em Espanha ou sagração no caso da França. O poder do rei vem do povo e não de partidos políticos como no caso dos presidentes da república. Como tal, um rei não estaria sujeito às vontades deste ou daquele partido, podendo actuar como é devido e não tendo em conta interesses partidários.

Outras pessoas dizem que se não gostarmos do rei, ou se este for incapaz, não o podemos retirar do poder. Ora isso é completamente falso, ao longo da história tivemos alguns reis incapazes e eles foram forçados a abdicar.

Para além destas razões, o rei é aquela pessoa com mais qualidades para governar. Porquê? Porque desde tenra infância é educado para aprender a governar, coisa que não acontece com os presidentes.

Dizem que na monarquia o poder está sempre na mesma família. Eu pergunto: e agora é diferente? Olhemos para o parlamento e não vemos lá os mesmos que há trinta anos atrás? Pais, filhos, primos, sobrinhos e os amigos, nada tem mudado. Por outro lado, a monarquia pode parecer ditadura. Falso, durante os séculos que houve monarquia em Portugal nunca aconteceu algo semelhante ao Estado Novo. A república trouxe a ditadura, a república trouxe a corrupção que hoje existe entre os políticos. Vejam o parlamento e assistam à vergonha que aquilo é. Aquelas pessoas que se insultam umas às outras, que dizem piadas, que falam como uma arrugância como se só eles fossem donos da verdade, são essas pessoas, esses deputados que têm o poder em Portugal.

Um presidente da república pode não representar esta ou aquela pessoa, este ou aquele partido, no entanto, um rei representa todos, todos os portugueses pois é deles que o seu poder provem e não das pessoas deste ou do outro partido que votaram nele. Ainda por cima, o herdeiro do trono de Portugal existe, não é nenhum homem perdido ou extrangeiro. O herdeiro do trono de D. Afonso Henriques é vivo, numa linhagem ininterrupta durante quase novecentos anos, como tal, a monarquia está ainda viva. Viva não só na pessoa como também, e eu acredito nisto, dentro de todos os portugueses.

Assassinar o rei foi assassinar o nosso passado, e o país que não tem passado, dificilmente terá futuro. Portugal perdeu com esta república. Perdeu o passado e perdeu a identidade. Perdeu o amor à patria, perdeu o sentido de nacionalidade. Hoje em dia só se é nacionalista, só temos orgulho de sermos portugueses quando joga a selecção, e às vezes nem isso.

Portugal pode melhorar e deve melhorar, deve deixar de ser o país pequeno com a república mediocre que é, para passar a ser um país grande com um rei grandioso.

7 de junho de 2010

Consumado o primeiro casamento gay em Portugal

Helena Paixão, de 40 anos, e Teresa Pires, de 33, casaram esta manhã em Lisboa. Foi o primeiro enlace legal entre duas pessoas do mesmo sexo em Portugal. A cerimónia decorreu na 7ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa, onde há quatro anos, as duas mulheres tentaram, em vão, unir-se em casamento.


Informalmente vestidas, Helena e Teresa apresentaram-se na companhia das filhas adolescentes de uma e de outra, Beatriz e Marisa. Testemunhas de Helena foram a mãe, Lídia, e o padastro, José. O advogado Luís Rodrigues e a mulher, Ana Maria, foram testemunhas de Teresa. Helena adoptou o apelido Pires e Teresa o apelido Paixão.