14 de junho de 2011

Chegou a hora!

Peço desculpa pela demora mas não tenho tido muito tempo para comentar o resultado das eleições legislativas do passado domingo. O PSD ganhou e agora prepara-se para formar um governo de coligação com o CDS-PP, esperemos que corra melhor que da última vez.

O PS saiu derrotado, como era de esperar, após seis anos de exaustão. Embora não tudo o que fez tenha sido mal feito, nos últimos tempos andou à deriva, mentindo ao país e querendo adiar o inevitável. Aquele governo já não tinha forças para fazer o que é necessário. Esperemos que este tenha. Na verdade, tem todas as condições para levar a cabo as medidas e as reformas necessárias. Espero sinceramente que Passos Coelho não se deixe enredar nas politiquices e na corrupção que assola o país e que corte a direito, fazendo as reformas pelas quais foi eleito.

Por muito que à esquerda lhe custe admitir, Portugal votou no PSD, votou no programa liberal do PSD. Portugal quer mudar deste modelo socialista exausto e que nada de bom tem trazido, para um programa liberal, o mais liberal alguma vez apresentado em Portugal. Na minha opinião, acho bem e espero, para isso votei, que seja levado a cabo e que Passos Coelho não faça uma coisa a meias, como é costume por cá. Chega de termos esse “centrão” infernal no qual temos vivido durante 35 anos, no qual PS e PSD quase não se têm distinguido. Vamos separar as águas para que as pessoas possam claramente escolher. O PSD de Passos Coelho assume-se como um partido de direita e liberal. Cabe agora ao PS assumir-se como um partido verdadeiramente de esquerda.

Embora eu não goste, a esquerda também faz falta a Portugal, mas não esta esquerda radical e absurda cujo único objectivo é dizer mal. Agora dizem que os “partidos da troika”, como eles lhes chamam, ocultaram as suas medidas aos portugueses. Mas que falta de responsabilidade e de honradez! Então os portugueses são todos burros? Os “partidos da troika” obtiveram cerca de 90% dos votos. Os portugueses querem fazer o que é preciso. Mas os partidos de esquerda acham que não, não assumem qualquer responsabilidade nos seus resultados eleitorais, preferem achar que os portugueses são estúpidos.

Um último facto importante, é a primeira vez desde o 25 de Abril que após o discurso de vitória de um partido se canta o hino de Portugal. Acho muito bem, os partidos existem para servirem Portugal não a eles próprios. De certa forma, depois do 25 de Abril, o patriotismo e o nacionalismo têm desaparecido deste nosso país. Porquê? A esquerda encarregou-se disso. Como o Estado Novo era nacionalista, tentaram acabar com isso, e agora, qualquer coisa que se faça ou que se diga é tida como “nacionalismo exacerbado” e um regresso ao fascismo. O fascismo teve muitas coisas más, mas ser nacionalista não foi uma delas. A nação somos todos nós, Portugal somos nós, e todos aqueles que por cá já passaram. Porquê é mau honrar a nossa pátria com quase 900 anos de história? Mais uma vez, espero que isso mude.

A mudança depende de todos nós, porque todos nós somos Portugal. Não é com greves todos os dias que resolvemos a situação, é trabalhando. Há pessoas que acham que não é possível, que o país está perdido. A esses, mais uma vez respondo com a história. Durante 60 anos Portugal viveu sob domínio espanhol, perdendo prestígio, riquezas e poder. Durante esse tempo, muitas pessoas acharam que era impossível voltar a recuperar a independência, que o país estava perdido e ia desaparecer sob domínio castelhano. Quase 400 anos depois, nós ainda cá estamos e Portugal também. Porquê? Porque houve pessoas que não se renderam, pessoas que não desistiram e que lutaram e trabalharam para Portugal recuperar a sua independência e voltar a ser aquilo que fora. Nós também devemos trabalhar e lutar para “levantar hoje de novo o esplendor de Portugal”. Vamos apontar todos na mesma direcção, vamos trabalhar todos para nós próprios e para o nosso país. Chegou a hora da mudança. VIVA PORTUGAL!